Boa viagem, Guerreiro.

MyBelovedFriendCD

Por Prem Milan

Dia 27 de janeiro de 2015. Saio da sessão de compaixão, a de encerramento do Processo Pai & Mãe, vou jantar e me chega a notícia: Anand Vereesh tinha deixado o corpo. Achei uma coincidência.

Vereesh é uma figura muito incrível. O conheci em 2001, e de cara não fui muito com a lata dele. Só depois, durante a convivência, que ele foi me cativando muito pela sua coragem, pela sua ousadia, pelo amor que tinha por aquilo que fazia.

Sim, ele tinha um amor muito profundo por aquilo que fazia. Vivemos alguns anos muito próximos eu e ele, e essa convivência foi de incrível profundidade. Atribuo a ele, o fato de termos conseguido concretizar a nossa comunidade. Mesmo que as coisas não sejam perfeitas, sua energia de realizador, de buscador, foi fundamental para a criação da Osho Rachana. Bem como a participação da Humaniversity nisso. Somos eternamente gratos por isso.

Mesmo que mais tarde viéssemos a divergir, isso nunca anulou em nada o valor da nossa relação. É um homem de história excepcional. Que saiu lá da lama para ser alçado às alturas. Isto tem um valor muito grande.

Ele ajudou muitas pessoas nesta vida. Incontáveis. Gente que graças ao seu apoio, aos seus feedbacks afiados conseguiram fazer voltas na vida. Para mim, pessoalmente, foi uma pessoa bastante importante. Eu tive com Vereesh a validação que não tive de meu pai, e isto me tocou fundo no coração. Talvez, além das mulheres que passaram pela minha vida, a convivência com ele tenha sido uma das maiores entregas que eu tive. Realmente me entreguei muito aos seus conceitos, a sua atitude e aceitei sua condução em muitas coisas da minha vida. Com ele aprendi a ter foco, a realizar e a concretizar. Mesmo que ao julgamento do EGO essas coisas fossem coisas absurdas. Pois é simplesmente isso: um julgamento do EGO! O EGO é uma punheta só.

Eu sou muito grato porque desenvolvi muito do meu potencial por sua causa. Você é um professor excelente! Tão excelente que teve um aluno à altura. Também fui um aluno excelente e por isso, aprendi contigo a não aceitar certas coisas, a não fazer certas concessões. E isso até fez com que tivéssemos divergências, que nos afastassemos anos depois. Mas só fisicamente. No coração, sempre fui grato à interação que tivemos. Agora é tarde para discutirmos as razões pelas quais nos afastamos… Ficam apenas as lições para quem quiser.

Vereesh, pode ir tranquilo porque aqui em Porto Alegre, no Brasil, tem um grupo com cerca de 35 pessoas que tiveram uma entrega bela e profunda ao teu ser. Saiba que você não nos frustrou. Pelo contrário, você nos inspirou muito, mesmo depois de termos seguido por caminhos diferentes, sua garra continuou nos inspirando. Aqui, o que vale é o nosso amor.

Você foi fundamental para o crescimento do Namastê e para a Comunidade Osho Rachana.

Nós queremos agradecer muito o teu carinho, a tua disposição, a tua juventude. Sei que teus últimos anos foram mais difíceis. Gostaríamos de ter estado junto contigo na hora de sua morte, simplesmente para agradecer a tua presença. Mas acho que agora a existência cumpre essa função.

Portanto, agradecemos à tua obra grandiosa, e saiba que, do fundo do coração, aqui no Sul do Brasil, tem uma galera que te amou muito e te respeita muito. Boa viagem guerreiro.

Romper as cercas do imaginário para se reinventar

Inmigración ilegal

por Prem Amrita

“Somos livres para nos inventarmos.
Somos livres de ser o que queremos ser.
O destino é um espaço aberto e para preenchê-lo, deve-se lutar com unhas e dentes contra o mundo tranquilo da morte e da obediência e as proibições putas.”
Eduardo Galeano

No livro“O Lobo da Estepe”, o escritor Hermann Hesse coloca um desafio: “saber qual o limite humano de suportar a vida, saber até que ponto aguentamos entre não poder viver e não poder morrer”.

As notícias diárias de violência e morte e o crescente reacionarismo, fruto do medo gerado, parece não deixar muito espaço para refletirmos ou sentirmos os limites que nos impomos. Acabamos nos embretando no conhecido, pois o mundo é perigoso. Erguemos mais e mais cercas imaginárias para nos protegermos da dor ou do amor. Sim, porque quem ama de verdade quer voar. Não suporta a miséria do cotidiano. Sobreviver não basta.

Logo após o final da Gincana Namastê, onde vivemos por dois meses um processo criativo muito intenso, eu fiquei doente. Crise de rinite. Doença respiratória que desenvolvi ainda criança e que, emocionalmente, tem relação com tristeza. Mas porque eu fiquei triste depois de passar por tantos momentos de alegria, prazer e preenchimento? Porque me ensinaram que “se eu estou rindo demais daqui a pouco vou chorar”. As minhas repressões internas e os limites impostos pela minha mente mentirosa me fizeram parar. Eu não aguentei toda a energia gerada e que me levaria a superar estes limites. Mas, apesar das pedras no caminho, não desisto de caminhar e quem sabe alcançar as estrelas.

Pra isso, assim como muitos mestres, poetas e revolucionários, acredito no poder da criatividade para mudarmos o mundo e para o surgimento de um novo ser. Simone de Beauvoir disse: “A vida se ocupa com a própria perpetuação e a superação de si mesma. Se tudo que ela faz é manter a si mesma, então viver é apenas não morrer.” Muito em sintonia com o que o mestre indiano Osho fala no livro “Criatividade: Liberando sua Força Interior”.

Osho acredita que o ser humano não criativo está apenas não morrendo. “Sua vida não tem profundidade. Sua vida ainda não é vida, mas apenas um prefácio. Seu livro da vida ainda não começou a ser escrito. Na criatividade, está a superação.” Para ele, a criatividade é a maior forma de rebeldia da existência. “Se deseja criar, você tem que se livrar de todos os condicionamentos; do contrário, sua criatividade não passará de mera imitação, será apenas uma cópia de algo.”

Toda criança nasce criativa – mas não aprovamos esta característica. Sufocamos e matamos sua criatividade, saltamos sobre ela; começamos a ensiná-la a maneira “correta” de fazer as coisas. Nossas asas são cortadas muito cedo pelo o que é “certo e errado”. E crescemos em um mundo cinza. Nossas referências são pessoas doentes, deprimidas, dopadas. Resgatar a alegria de viver é revolucionário. Toda vez que criamos, sentimos o gosto da vida. E isso depende da nossa intensidade, da nossa totalidade.

Por isso, não desisto e continuarei lutando com unhas e dentes contra a normalidade e os limites impostos por um mundo doente. E reafirmo a cada dia para mim mesma, todo o valor da escolha que fiz, de viver de uma forma diferente, com os amigos da Comunidade Osho Rachana. Muitos podem julgar que o jeito que vivemos é uma “loucura”, uma ilha em meio ao imenso oceano. Mas no futuro, quem sabe… Estamos aqui para nos reinventar e assim reinventamos o mundo.

J.A. Gaiarsa dizia que: “No seu tempo, é sempre um louco delirante que faz tudo diferente de todos. Ele sofre, principalmente, de um alto senso de dignidade humana. Ele sofre, depois, de uma completa cegueira em relação à ‘realidade’ (convencional). Ama desbragadamente – o sem-vergonha. Comporta-se como se as pessoas merecessem confiança, como se todos fossem bons, como se toda criatura fosse amável, linda, admirável. Assim, ele vai deixando um rastro de luz por onde quer que passe. Porque se encanta, porque se apaixona, porque abraça com calor e com amor, porque sorri e é feliz.”

O leite assassino

Splash of milk in a glass on a blue background.

Por Prem Milan

A vida acontece quando você a vivencia na prática. Eu nunca fui muito adepto dos orgânicos. O que me levou a dar conta da importância desse tipo de alimentação foi uma experiência com o meu neto. Sempre ia com ele para baixo de um pé de bergamota e pegávamos a fruta que comíamos ali mesmo. Também costumávamos comer jabuticaba… Nossas laranjas? Sem nenhum veneno. Mas quer saber? Na real nós não comíamos as frutas, nós saboreávamos, o que é totalmente diferente. E o gosto delas era tão bom! Bah, que legal ter aquela diversidade de frutas ali, ao nosso alcance. Não era uma vasta colheita, mas as que tinham, eram de verdade. Este tipo de privilégio eu tive no interior, nos anos 60. A partir daí, me interessei mais sobre o assunto. Quis fazer uma horta orgânica e estou incentivando a comunidade em que moro para que toda a nossa alimentação seja orgânica. digo que não é fácil, mas estamos conseguindo comer sem veneno. Até a nossa carne provém do boi que não ingere hormônios, só pasto. Mas caímos no dilema do leite, questão levantada por minha amiga Shunyata.

Não existe até o momento, pelo menos que eu saiba. O leite que tomamos no sítio, com o qual fazemos nossos queijos, é o mais limpo que eu conheço no momento.

Todo o processo de industrialização do leite da vaca é complicado… Vou te contar:

Primeiro: as máquinas que retiram o leite das vacas são colocadas sempre de uma maneira um tanto quanto forçada. Então, para desinfetar, os produtores aplicam uma dose de iodo muito alta nas tetas das vacas. Bom, o processo de “intoxicação” já começa por um iodozinho básico.

Segundo: as vacas comem silagem feita com milho transgênico, com uso de adubo químico e veneno. O primeiro veneno, chamado roundup, serve para matar as ervas daninhas. Em seguida, vem os outros para acabar com lagartas nas plantações e etc. O milho é a base de toda a ração. Mas tem coisa pior: ração industrializada. É cheia de hormônios.

Também tem a massa de soja, chamada massa branca. A soja, por si só, já é um alimento pernicioso, agora imagine a sobra da extração do óleo! É o supra sumo do que de ruim na soja misturado em concentração máxima nos venenos aplicados à ela. Alguns ainda fazem uso do bagaço de cevada, sobra da cerveja fermentada. Imagine o que é isto, companheiro! Aquilo tem um fedor… Mas faz brotar muito leite. Pasto? Quase nada. E ainda tem o bustin, hormônio aplicado na vaca para aumentar em 20% a sua produção. Este não é utilizado em larga escala, mas tem muita gente que lança mão.

Terceiro: chega o caminhão para recolher o leite extraído. Aí, misturam leite de uma propriedade ou fazenda que desinfeta bem, com o leite de uma propriedade que não desinfeta nada. Essa mistureba vai para a fábrica receber o chamado banho químico, e Deus sabe o que isso significa. Mas se você acredita que todo esse processo não é nocivo para a saúde, eu também creio que você veio ao mundo pelo bico da cegonha. Nesse tal de banho químico, é subtraído tudo o que o leite de melhor para fazer manteiga, natas e queijos. E sobra o resto. Um mix de químicas que se transforma no nosso leite longa vida. Com tanto veneno, longa vida para quem?? A tal caixinha milagrosa da mamãe pode durar de seis meses a um ano na prateleira de casa ou na do supermercado. Só com uma quimicazinha! Olha que maravilha, que prático?

Bom, todos nós estamos cansados de saber, ou pelo menos deveríamos estar, que leite não é leite há tempos. E sim, um alimento constante do nosso futuro câncer, da nossa futura intoxicação, da nossa futura obesidade, do nosso futuro descontrole hormonal, da nossa futura impotência sexual. O leite “normal” é absolutamente questionável enquanto alimentação. Os médicos enchem a boca para dizer que é uma grande fonte de cálcio, mas já é comprovado que não é digestivo, não faz muito bem pro estômago. Mas já somos uma geração viciada na praticidade dos leites de caixinha.

Fazer o quê? Não sei, não é fácil.

Mas não podemos é continuar fingindo que não é nada demais. Enquanto penso sobre este texto, estou saindo para ver uma vaquinha. Eu já falei com o Zequinha pra ele ir tirar o leite. Prefiro o que há nas mãos do Zequinha do que o iodo “limpinho”. Essa vaca vai comer só pasto. Apenas. E nós teremos um leite puro. Mas não, não é fácil.

Consegues imaginar o que é retirar 8 litros de leite puxando tetas manualmente? Ah, 8 litros de manhã e 8 litros há tarde, que fique claro! Mas vamos continuar experimentando. Vamos ver em qual momento, com mais algumas vaquinhas, conseguimos extrair leite limpo. O leite que bebemos agora é semi limpo, mas livre dos venenos das indústrias.

Pesquise, meu! Se fica aí no Facebook navegando, navegue em coisas interessantes, então! Mas já digo, se eu fosse você, nunca mais tomaria leite, nem comeria queijo industrial.

Pense bem se quer continuar dando este leite pro seu filho achando que é saudável… E nem toquei no assunto “fraude do leite”, isso é só um plus. O leite, em si, já é a fraude.

Uma fraude proposital para o consumidor do Zaffari Bourbon, da Parmalat, do Bom Gosto, da Languiru. Tenho uma vaga lembrança de papos meus com pessoas conhecedoras do assunto. Elas disseram que o leite, além de maléfico, é dispensável para o ser humano adulto. Mas se tu quer continuar engolindo tudo mastigadinho que nem bebê, faz o seguinte: compra papinha.

As Ilusões estão renovadas

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Por Prem Milan

Todo começo de ano é assim. Todas as ilusões vem à tona. “Neste ano vou me cuidar”. “Neste ano vou amar”. “Neste ano isso ou aquilo…” É a esperança. É até bom ter esperança. O problema é quando ficamos sempre nela. Nós sempre estamos arrumando um bom motivo para ter esperança. O problema é que sempre deixamos pra depois. Tudo fica pra depois…

Acho incrível que nos últimos textos sobre sexualidade que publicamos aqui no blog, quase todo mundo opinou como pessoa bem resolvida com a sua. Fiquei até espantando. Até pessoas virgens, que nunca transaram, se autodenominaram bem resolvidas sexualmente.

Na prática, o que eu ouço mais ouço são reclamações e frustrações quanto à sexualidade. Como há homens que se intitulam maravilhas sexuais porque em algum momento uma mulher apaixonada – e quando as pessoas estão apaixonadas ficam generosas – os validou como tal. Mas uns três meses depois, quando acaba a gasolina da paixão, o  vai embora.

Quando você é presenteado com o amor tudo muda. Você se torna outra pessoa. O teu potencial sexual se expande. Mas imensa maioria das pessoas, três ou quatro meses depois do início da relação, não consegue mais sustentar sua energia sexual, porque lá na base dela há inúmeros problemas.

Dentro do nosso mundo neurótico, cheio de padrões, é absolutamente normal que todos tenhamos problemas com a sexualidade devido à repressão que sofremos a vida inteira. Eu honestamente gostaria de entregar um troféu para a pessoa que não sofre desse mal, pois ele é o maior afortunado do mundo. Viveu a infância inteira em uma família repressora e não se deixou atingir por este mal. Ou provavelmente cresceu em uma família não repressora. Mas tá… Estou escrevendo para seres neuróticos como eu e todos os outros. Não estou escrevendo para “iluminados”.

Depois que a energia do amor vai embora a casa cai! Muitas vezes as pessoas ficam tentando recuperá-la e não conseguem simplesmente porque ela brotou do amor. O amor já abriu o caminho, você precisa ter a base para sustentá-lo. E uma dessas bases é a sexualidade. O amor vem para nos mostrar possibilidades maiores, nos leva a passear por um céu lindo, maravilhoso. Depois ele nos diz: “agora volta lá e resgatada tudo aquilo que o teu ser não recebeu para, assim, poder sustentar o amor”. Essa é sua função… A função do amor é te trazer crescimento. Há pessoas que dizem “eu amo por toda a vida, blá blá blá”. Se tu achas que é isso, fica com isso. Eu não acho que é isso. Tem gente tão desesperada que jura amor para toda a vida. Eu conheço homens e mulheres que não amam mais e estão juntos por CULPA, porque não são capazes de dizer que não amam mais o parceiro e continuam disfarçando. E o outro, por estar tão deseperado e tão dependente da relação, é capaz de ver sinais de amor que não existem mais. Esse tipo de distorção nós aprendemos ainda crianças com nossos pais. Eles nos rejeitavam e nós distorcíamos os fatos porque não aguentávamos sentir rejeição. E é compreensível porque éramos crianças. Achávamos que a culpa era nossa porque não éramos bons o suficiente. Papai e mamãe eram os poderosos e infalíveis, e ainda por cima nos amavam.

Este papo é mais furado que não sei o quê. Mas dentro das cabeças das pessoas ainda roda. No amor a dois acontece de uma maneira mais sofisticada. O disfarce é bem mais caprichado. Ilusões, ilusões e ilusões. O amor seca e nunca mais. E aí as pessoas colocam formol no cadáver.

Eu não sei quanto tempo deve durar uma relação. Só sei é que deve durar enquanto estiver rolando amor. E ele deve sempre gerar frutos. A pessoa se torna criativa, partilha com os outros, cria um movimento pra frente, contagia os outros a sua volta. Agora você quer me dizer que significado de amor é aquele casalzinho pacato dentro de casa ou na praia grudado um no outro? Quer me dizer que isso é amor? Então o padre também te ama. A freira também te ama. Está tudo certo. O prefeito da cidade também te ama. O governador, a presidente também te ama. Eu não acredito nisso.

Amor é movimento… O amor é pra revolucionar a vida das pessoas, não estagnar. Estagnação nada tem a ver com amor. Aliás Albert Einstein dizia “vida é estar em movimento”. Para ser mais preciso “a vida é como andar de bicicleta, o movimento é que mantém o equilíbrio.” É ilusão achar que EGO é amor. Eu, particularmente, já vivi muito apegado às pessoas. Eu achava que as amava. Mas que amor era esse? Eu mais as sufocava que produzia felicidade…

Este é um texto para quem quer se tocar, para quem quer abrir um espaço na sua mente, para mostrar como a gente prefere viver correndo atrás de ilusão do que vivendo a vida real. Nada é melhor do que estar dentro da realidade. porque ela, mesmo estando horrorosa, é a única coisa que te possibilita a transformação. Se ela está horrorosa e você continua criando ilusões e fantasias, nunca poderá transformá-la. O mesmo acontece com a sexualidade. As pessoas se iludem com uma pequena quantidade de energia e vivem na ilusão como se fosse o máximo. Só que isso não se sustenta. Então lhe digo: olhe para a tua vida honestamente e veja se você ama mesmo. Se você é satisfeita sexualmente, tua vida deve ser um barato! Tua vida deve ser criativa, você deve ter poder de se bancar, viver num lugar legal, ter muitos amigos, você sabe dar feedback à alguém, você tem amizades profundas… Eu mesmo… Em  uma época da minha vida, eu me achava sexualmente o máximo, o cara. As mulheres gostavam muito de transar comigo. Eu tinha um bom desempenho. Mas era muito mais uma questão de EGO produzir prazer para os outros. Aí eu conheci uma mulher que estava anos luz a minha frente neste sentido. Passei a me sentir um lobinho. Para acompanhar essa mulher, tive que meditar muito e fazer muito trabalho pélvico. Mas eu cresci. Enfrentei a realidade e cresci. Se eu continuasse na bolha da ilusão não teria dado passos tão importantes para o meu desenvolvimento. Eu acho que isso é o desencadeamento mais viável para alguém ser bem realizada sexualmente. E eu não estou falando em perfeição. Estou falando em movimento.

Eu gostaria que as mulheres dessem feedback’s mais reais para os homens. E os homens também porque todo mundo mente sexualmente. Ninguém vai dizer que você transa mal na tua cara. Não, ninguém fala isso. Só para os amigos e amigas por trás. E você nunca fica sabendo. Aí mantêm-se as ilusões e ninguém cresce. Eu sei de muitas dessas histórias e sabe por que? Porque eu atendi muita gente que se fazia. Mas depois, quando eu conhecia seus parceiros ou parceiras, via que a história era outra, totalmente outra. Por isso as brigas de casais são quase sempre privadas. Para ninguém saber do lixo, para ninguém descobrir que é só ilusão.

É possível quebrar as ilusões? É. Porque aí você vai enfrentar melhor suas questões. Suporte para isso tem bastante. Existem vários tipos de trabalhos e grupos que buscam algum tipo de crescimento. Uns compram mais as ilusões que outros, mas todos vão no sentido de querer crescer, seja no OSHO ou não, na Bioenegética, na biodança, no renascimento, na ioga… Há uma energia que flui para isso. Ache a tua tribo e acabe com as ilusões.

Desejo um 2015 mais real, verdadeiro e amoroso!